sábado, 9 de junho de 2018

100%

Se todos os sonhos se concretizassem, deixaríamos de sonhar.
A beleza está na incerteza. No desejo de algo intenso pelo qual ansiamos.
Existe uma fronteira entre aquilo que é transcendente e a transcendência da inevitabilidade
Tememos o que é efêmero, mas prolongamos a agonia infinita da dor auto-infligida.
Tenho a certeza daquilo que não quero e ainda assim não me desvio do caminho.
Uma demanda masoquista da qual não consigo(não quero) fugir.
São os filhos da puta dos sonhos.
Não são os culpados, são o veículo que escolhi para mim.
Quando faço uma restrospectiva lúcida chego sempre à mesma conclusão; nada faria diferente.
Tenho aprendido à bruta. É assim que funciono.
Nada pela metade. Sofrer faz parte do processo.
São os cabrões dos sonhos.
Quando espetei pela primeira vez uma agulha na minha veia, sabia perfeitamente onde aquele gesto me ia levar.
Quando arrisquei todo o dinheiro que tinha numa mesa de casino, tinha a noção de que podia perder tudo.
Quando me entreguei sem reservas a alguém, fi-lo de olhos abertos.
São a merda dos sonhos..
Tenho algumas feridas ainda abertas, mas milhares de cicatrizes.
Cada cicatriz baptizada com um nome.
A minha Alma nunca passou fome. Nunca passou sede. Tenho-lhe oferecido banquetes contínuos.
Quantos de vós já arriscaram verdadeiramente?
Sabendo que podem perder tudo.
Não consigo viver de migalhas.
São a porra dos sonhos.

Sad true

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