sexta-feira, 1 de junho de 2018

Deixa-me em Paz

Ao filho(a) da puta que me anda a entrar no meu blog, conta de Facebook, Instagram e conta Google, espero que tenhas uma trombose.
Obrigado Olvido por me teres alertado em relação aos comentários que fizeste e que não ficaram visíveis. É estranho que tenha um texto com 24 comentários e que apena 12 estejam visíveis. Aos que comentaram os meus textos e cujos mesmos não estão visíveis as minhas sinceras desculpas, mas era algo que até a Olvido me alertar eu desconhecia. Se pretenderem podem publicá-los novamente. Penso ter o Problema resolvido, após contacto com a Google.
Não entendo o propósito, mas espero que te estejas a divertir.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Funeral

Ontem aprendi uma lição de vida muito importante.
Por mais que acreditem, nunca conhecerão ninguém verdadeiramente.
Foi talvez a maior desilusão que tive até hoje.
Senti-me tão injustiçado, magoado, ferido, desapontado.
Apenas alguém por quem nós temos um elo tão forte, consegue fazer-nos sentir desta forma.
Já aqui neste blog referi tantas vezes as minhas imperfeições e estou tão ciente delas.
Porém tenho perfeita noção do meu carácter e aqueles que me conhecem sabem que nunca lhes falho.
Aprendi que é mais fácil acreditar naquilo que nos convém do que numa pessoa que sempre deu tudo por nós, que esteve sempre ao nosso lado, que apesar de imperfeito nunca usou máscaras.
A facilidade com que se fica em silêncio, deixando alguém completamente desnorteado, confuso, repleto de dúvidas é assustadora.
Escrevi aqui vários textos acerca de alguém que foi talvez uma das pessoas mais importantes da minha vida e até ao dia de ontem não mudaria uma única vírgula em qualquer desses textos.
Hoje ao reler esses textos, muitas das coisas que escrevi deixaram de me fazer sentido.
Sinto-me tão triste por isso. Sinto-me enganado, confuso, desacreditado.
O Tempo como juiz é imparcial e absoluto.
Ontem perdi uma parte muito importante de mim, mas percebo que é a parte que me faz mal.
Condemnation


quinta-feira, 24 de maio de 2018

A miúda com Groove

Hoje vou falar da miúda com groove.
Para quem não sabe o groove é um padrão ritmico que normalmente combina o som da bateria com o o do baixo.
Esta é a base de qualquer música. A essência ritmíca.
O groove é o que dá a identidade, depois é só acrescentar os restantes instrumentos como complemento.
Representa uma atitude positiva que atrai e estímula.
Raramente conheci alguém com groove e quando a conheci fiquei completamente rendido e fascinado.
A miúda com groove foi a base com que construí uma melodia perfeita, com tons melódicos e com o tempo perfeito.
Nem duas décimas acima nem duas décimas abaixo.
Ela nunca o soube, mas de uma forma completamente inata inventou a secção ritmíca perfeita.
Nunca tinha visto tanto potencial humano. É insdiscrítivel como alguém sem ter noção consegue criar um ambiente de tal forma vibrante e criativo.
Não estou a falar de música.
Estou a falar de groove.
Estou a falar de experiências.
Estou a falar de uma miúda que nunca irá perceber que tem um dom.
Ainda bem, porque assim nunca o irá corromper.
A miúda com groove anda por aí e será sempre arrebatadora na forma como cria melodias.
groove girl

A Lua como testemunha

Naquela noite a Lua cheia iluminava o teu rosto.
Confesso que nunca assisti a tanta generosidade por parte da Lua.
Nunca em momento algum desejei tanto estar num lugar, como naquela noite.
Lembro-me de cada detalhe. Das estrelas me piscarem o olho.
Da música que as ondas recitavam embalando-me naquele deleite.
De sentir a magia de o Tempo parar, porque o Tempo parou oferecendo-me o mais puro dos prazeres.
Senti um emaranhado de sensações que me corriam nas veias, percorriam a pele, despertavam todos os meus sentidos.
Estava acordado, mas era como se estivesse a ter o mais belo dos sonhos.
Nunca antes tinha sorrido como naquela noite. Eram sorrisos que brilhavam.
Duas pessoas que levitavam, sem sentirem qualquer peso ou amarras.
Sempre que regresso aquele lugar encontro-nos. Ficámos lá presos para sempre.
A nostalgia que me envolve sempre que me recordo daquela noite, sinto-a como uma manhã límpida de Primavera que me enche de conforto e de Felicidade.
Nada se perdeu, porque apenas se perde aquilo que não nos marcou.
Só faltou a voz angelical da Hope Sandoval


quarta-feira, 23 de maio de 2018

Febre


Esta noite a febre moldou-me os sonhos.
Sonhei com longas conversas que tivemos em que os temas nunca eram enfadonhos.
Ambos destemidos. Eu sem filtro, tu sem regras.
O teu fascínio sobre o Outono, a Primavera como minha primeira escolha.
Dos filmes que vimos, daqueles que me fizeste ver e dos outros que te apresentei.
Da magia como te falava das minhas musicas e como as dissecava.
Do teu groove tão único e que tanto me fascinava.
De quando falavas comigo e eu deixava de te ouvir porque me deliciava a saborear cada pedaço do teu rosto.
Da minha gaguez nervosa que te fazia sorrir.
De eu ser tão imperfeito que te impelia a reconstruir-me.
De te fazer promessas, porque para mim eram sagradas.
Do estado de graça que sentia apenas porque estavas ali.
Das surpresas mais improváveis que te fazia e com as quais te fazia esboçar sorrisos.
De te deixares guiar por mim e pela minha impulsividade por vezes com laivos de loucura.
Do facto de eu não ter limites nem barreiras para te surpreender.
De chorar contigo e por ti.
De ser tão destemido e por vezes fazer-re corar.
Hoje a febre trouxe- me estas memórias. Nem tudo foi mau e o que foi bom, não poderia ter sido melhor.
Now we are strangers


sábado, 19 de maio de 2018

Olhos vendados

Nem tudo aquilo que parece é verdadeiramente.
Passamos a vida a acreditar em verdades absolutas que nem sequer questionamos por nos serem impostas quase como de uma forma genética.
O livre arbítrio parece-me na maior parte das vezes quase uma utopia.
Cremos na Justiça e duvidamos dela ao mesmo tempo. Temos uma Fé podre, corroída, volátil.
Sugamos aquilo que de melhor existe nos outros e preferimos rebentar como um balão cheio de ar, a partilhar.
É tão fácil fazer juízos de valor quando estamos protegidos na nossa redoma de vidro. Esquecendo-nos o quão frágil pode ser o vidro e que esse escudo pode ser tão fácil de quebrar, deixando-nos expostos.
A Memória é algo de incorruptível e ainda assim conseguimos distorcê-la consoante as nossas premissas laminadas de egocêntrismo.
No dia em que dermos de cara com a realidade temos duas opções; aceitá-la ou fugir-lhe.
Não nos apercebemos, mas temos a capacidade de Viajar no Tempo. Não lhe podemos tocar, mas conseguimos ter a percepção de onde viemos e sobretudo daquilo que fomos. Isso por si só é uma das maiores ferramentas a que querendo, podemos ter acesso.
Falhar é tão natural que nos esquecemos que é algo que nos é permitido.
Claro que preferimos o conforto das coisas com as quais não temos de lidar. Somos preguiçosos congénitos.
Se me disserem que é mais fácil agir do que pensar eu nunca o aceitarei. Se o faço? Faço-o demasiadas vezes. Sou a antítese daquilo em que acredito.
Quando preciso de ser Racional tenho de fazer um esforço extra. Quando o consigo ser fortaleço-me; quase como se tomasse uma dose de vitaminas.
Existem armas mais poderosas e destrutivas do que as palavras. Existem olhares mais afiados do que gumes de punhais cujo veneno não tem antídoto.
Um dia todos seremos pó, mas até lá somos a soma das nossas acções e de todas as nossas escolhas. Eu escolho perpetuar tudo aquilo que me tem feito bem e sobretudo todos aqueles que algures no Tempo me deram um bocado de si. Não existe maior partilha nem maior altruísmo.
Truth Is A Beautiful Thing

terça-feira, 15 de maio de 2018

For you...

Há demasiado tempo que aqui não venho.
Nos últimos meses muito se passou. Comprei uma casa, separei-me, vendi a casa, estou a comprar uma nova casa..
Nos últimos 5 anos muito se passou. Separei-me, mudei de casa 9 vezes, apaixonei-me, voltei a separar-me.
Nos últimos 3 anos muito se passou. Cresci, colei pedaços de mim, voltei a despedaçar-me, estou novamente a reconstruir-me.
No último mês muito se passou. Tive de lidar com o recomeço, conheci pessoas fantásticas que me deram a mão sem pedirem absolutamente nada em troca.
Quero falar de uma dessas pessoas. De uma forma completamente inesperada deu-me a mão e não mais ma largou. Abriu-me a porta da sua casa e fez dela minha. Mima-me diariamente.
Temos uma cumplicidade tão genuína que não precisamos sequer de comunicar verbalmente. O seu olhar diz-me tudo. É tão fácil de repente recomeçar. Deixei de ter dias negros, passei a ter noites em que a Paz que sinto me torna a cada dia mais forte e mais capaz de enfrentar qualquer obstáculo.
Existem pessoas que o Universo nos "empresta" como se de uma recompensa se tratasse. Como se o Universo equilibrasse a nossa existência.
Gratidão sempre foi uma das palavras que levei mais a sério. mais do que a palavra, o sentimento de me sentir grato.
Sinto-me tão cheio de gratidão por teres vindo em pés de lã ao meu encontro e me teres obrigado a deixar-me ser guiado por ti.
És especial por todos os motivos que já aqui frisei, mas sobretudo por aqueles que só nós sabemos e que te tornam nessa Mulher tão única.
 Obrigado.


Esta é uma das nossas ;)

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Words with Wings

From the day I tore my skin with your words
You stayed forever in me.
each letter a piece of your soul
every piece of your soul a drop of honey

If we had not met, we would never be strangers.
now apart we are the sum of something intense that has turned into nothing
we went all too fast
we live at eighty until we get to eight

If I miss you
if I want you
maybe you will never know the truth
But even far away I feel close to you.

I still keep all the smells
I still remember the color of your eyes.
if I know you?
I know every bit of you.

we flew together without wings
we dreamed together awake
we cried together black tears
we had the best and the worst of us

If I miss you
if I want you
maybe you will never know the truth
But even far away I feel close to you.

I can not say goodbye ...

sábado, 14 de abril de 2018

A morte e etc..

Hoje enquanto passeava com o meu filho no jardim ele disse-me:
- Papá, eu gostava de ser uma planta.
-Uma planta? Mas as plantas estão sempre no mesmo local, não podem brincar, nem conhecer o Mundo..
-Mas eu gostava de ser uma planta.
-Porquê filho?
-Porque as plantas não morrem..
-As plantas também morrem Dudu.
-Então gostava de ser água, porque a água anda por todo o lado e não morre.
- Sim filho, a água percorre o Mundo, mas a água também evapora e desaparece.
-Então o que é que não morre Papá?
- Talvez uma rocha filho.
- Então gostava de ser uma rocha.
-Tens medo da morte filho?
-Sim Papá.
-Não tenhas filho. O importante é sermos felizes nas nossas vidas e quanto mais felizes formos menos medo da morte teremos.
-  Vais morrer Papá?
-Só quando for muito velhinho filho e nessa altura vais perceber que a morte não é assim algo tão assustador.
- O que quer dizer etc Papá?
-Quer dizer entre várias coisas. Porquê Dudu?
- Porque ouvi uma senhora a dizer a outra que o namorado era estupido, burro, etc...

sexta-feira, 30 de março de 2018

O Silêncio como um punhal

O silêncio pode ser tão ensurdecedor. Vem acompanhado de barulhos de pensamentos, de memórias, que quase me rebentam os tímpanos. Tenho agora essa noção, de que o vazio auditivo é uma arma afiada. Custa-me viver em silêncio, necessito de estímulos sonoros que abafem a distorção causado pela ausência de som. Sei que um dia o silêncio virá limpo e isento de ruídos lacerantes.  Ainda não estou preparado para essa pureza que a ausência da desordem criada pelo silêncio corrompido me pode trazer. 
Este silêncio em que vivo sufoca-me. Prefiro os gritos de um bebé na sala de espera de um consultório, o ruído da máquina de lavar roupa a centrifugar, o ladrar de uma matilha de cães.. prefiro qualquer barulho ao ruído deste meu silêncio.
Para o To Zé