terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Socorro..Deus meu, livrai-me da Bipolaridade dos outros

Lei de Murphy : - "Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível"


Lei de Paper Cut: - "Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, com acréscimo de contornos Surreais". 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

#olfato

Existem fragrâncias que são processadas no nosso sistema límbico e ficam lá presas para sempre.
Era só isto..

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Por vezes o silêncio vale mais do que o ouro

Acordei com um peso enorme. Um cansaço tremendo de uma noite mal dormida; Sinto-me doente, esgotado fisicamente  e mentalmente.
Hoje tive de vir trabalhar e estou a fazer um esforço enorme para o conseguir.
Fui almoçar a um restaurante, onde vou habitualmente. Queria alimentar-me com algo que me desse algum aconchego e energia para conseguir resistir ao resto da tarde de trabalho.
Sentei-me à mesa, phones nos ouvidos e era daquela forma que queria digerir aquela minha hora. Música boa e comida reconfortante.
Na mesa em frente, uma Mulher que conheço de vista, virou-se para trás e começou a falar comigo. Como não ouvia aquilo que ela me dizia comecei por tirar um dos auscultadores de um dos ouvidos.
- Estás tão magro. Disse-me com um ar de desconfiança.
Respondi-lhe que estava doente. Há uma semana com uma Gripe que me deixara debilitado.
- Não te andas a portar mal? Continuou ela.
Voltei a referir a minha Gripe e o facto de ter dormido mal, como justificação do meu ar mais abatido.
Só queria que ela se voltasse para a frente e me deixasse aproveitar aquele meu momento de pausa e descanso.
Continuou a falar comigo. Por educação, desliguei a música e ia ouvindo quase em desespero silencioso aquilo que aquela mulher me ia dizendo.
Falava-me do Ex Marido e do mal que ele lhe tinha causado. Uma rajada infinita de queixumes dos quais eu não queria saber.
Disse-lhe umas duas vezes que ela tinha a travessa da comida a arrefecer, com a esperança que se voltasse para a frente e me deixasse em paz. De nada valeu. Continuava virada para mim a debitar decibéis de sons horríveis que eu não queria (já não conseguia) escutar.
Comecei a comer à pressa. Só queria fugir dali. Deixar de ouvir aquela mulher que me corrompeu ferozmente aquele momento que eu tanto necessitava.
A Tranquilidade que eu buscava, transformou-se em irritação e desespero.
Como eu hoje queria tanto que o Mundo me afastasse das Pessoas...
I need some Silence

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Para o Ricardo


Conheci-te, tínhamos 6 anos. Eras franzino. Bastante calado, mas de uma educação enorme.
Desde o nosso primeiro dia de aulas que senti uma enorme empatia por ti. De inicio não percebia a razão de seres tão reservado. Tinhas imensos problemas causados pela asma, o que não te permitia ser uma criança como as restantes. Não podias correr, nem jogar à bola. Andavas sempre com a tua bomba para a asma.
As crianças conseguem na sua inocência serem bastante cruéis e os outros miúdos chamavam-te "menina" por não poderes brincar como todos os outros devido às tuas limitações de saúde.
Lembras-te quando deixaram de gozar contigo? Foi naquele recreio em que o Zé estava a chamar-te maricas e eu passei-me e dei-lhe uma carga de porrada que me valeu um mês inteiro sem ir ao recreio. Foi a partir desse dia que eu e o Russo (lembras-te como ele era bera?), te começámos a proteger e nunca mais ninguém ousou faltar-te ao Respeito.
Contaste à tua mãe e um dia que vínhamos da Escola e te deixámos em casa, lá estava a tua mãe, a D. Glória que a partir daquele dia se tornou também ela numa Pessoa bastante especial para mim; com um presente para mim e outro para o Russo como forma de agradecimento por te protegermos.
Nunca mais nos separámos. Crescemos, tu melhor do que eu. Os teus problemas de saúde desapareceram, deixaste de ser franzino e ultrapassaste-me na altura.
Conservaste sempre aquele teu sorriso que era a tua imagem de marca. Genuíno, de quem está bem consigo próprio e com a vida.
Foste o meu amigo que sempre esteve Presente, mesmo quando eu afastava toda a gente. Nunca desististe de mim.
Veio a filha da puta da doença e nem ela te vergou durante os dois anos e meio que te minou.
Tinhas uma fome de viver e um optimismo que me fazia acreditar, mesmo quando eu te via tão debilitado e tinha de me esforçar para não chorar ao teu lado.
Vivemos muitas aventuras juntos. Se um dia eu cuidei de ti, mais tarde foste tu quem cuidou de mim.
Farias em Dezembro a minha idade ( troquei a tua data de aniversário com a da tua mãe, pensava que eras tu quem fazia anos este mês) . Quando partiste há 14 anos atrás, eu senti uma revolta tão grande, que me senti culpado. Pensei na noite em que estavas prostrado naquele caixão que era eu quem ali devia de estar e não tu. Eu que fiz tanta merda e tu que foste sempre tão boa Pessoa, tão bom amigo, tão bom filho, tão bom Irmão.. mas as coisas são como são e há pessoas que partem demasiado cedo.
Penso em ti quase todos os dias. Deixaste a tua marca em mim. Por vezes não sei lidar com a falta que me fazes e com as saudades que tenho de ti. Nesses dias vou "visitar-te" e falo um bocadinho contigo.
Obrigado por teres feito parte da minha vida "my friend".
Encontrei esta entrevista que deste a seguir a um dos concertos.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Doces memórias



Eu e ele

Quando soube que ia ser Pai, nos primeiros dias foi terrível. Não foi premeditado e eu achava que não estava preparado. Morria de medo de não ser capaz de estar ao nível das expectativas exigidas a um pai. Pensava que já era demasiado "velho" e que não iria ter capacidade para acompanhar o ritmo do meu Filho.
Esses receios rapidamente se foram desvanecendo e desde que o Duarte nasceu, que o medo se converteu em Felicidade e Amor incondicional.
Este fim de semana ele quis ir ao Oceanário. Fomos lá a primeira vez quando ele tinha 3 anos e nesse dia não quis ver o aquário central porque tinha medo dos tubarões.
No sábado o objectivo eram os Tubarões. Quando os viu ficou desiludido, pensou que fossem maiores. Eu disse-lhe que ainda eram bebés e que estavam a crescer. Perguntou-me quanto tempo demoravam a ficar gigantes e eu disse-lhe que uns 20 anos. - Isso são mais do que mil dias Papá? Eu disse que sim e ele ficou um bocadinho desiludido.

De seguida fomos ver o mar, ele é fascinado pelo mar. Sobretudo pelas ondas quando rebentam. Estava bastante frio mas ele não queria arredar pé da
beira da praia.
Constipei-me nesse dia e no Domingo quando acordei, sentia-me doente, cheio de dores de garganta e no corpo. Pedi-lhe para fazer uns desenhos enquanto eu limpava a casa, que depois ia-mos almoçar fora e andar de Skate.
Estávamos ambos sozinhos e nesse dia tive de fazer um esforço enorme para ser o pai que ele merece. Só queria deitar-me e poder descansar, mas quando se é pai temos de ultrapassar todos os limites e lá fui ensiná-lo a andar de skate tal como ele me havia pedido.
Fomos para casa ao fim do dia e disse-lhe que estava a sentir-me muito doente se ele me deixava deitar um bocadinho no sofá enquanto ele desenhava e via os desenhos animados. Na inocência dos seus 6 anos, disse-me: - Papá, queres que faça festinhas onde te dói? Disse-lhe para me fazer festinhas na cara e adormeci com o meu filhote a tratar de mim. 

The best of me


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018