Tons de cinzento em dias de Verão
Passos curtos, longa estrada
Sorrisos mal amanhados
Clareiras de fuligem opaca
A lenta cadência das sílabas
Árvores que se dobram com uma ligeira brisa
Viúvas sem expessão
Sede insaciável
Olhares que se cruzam à beira rio
Insatisfação dormente
Ausência de dinâmica
Principio de algo já terminado
Folhas de papel amassadas
Caixas e caixas vazias
Bússola avariada, Norte desconhecido
Mapas em branco
Sorrisos inexpressivos
No mar, ondas sem espuma
No Céu Estrelas sem Luz
Vinde ao meu Reino sem muralhas
Parte sem te despedires
Este poema faz-me lembrar Charles Baudelaire. Gosto imenso da construção e do conteúdo.
ResponderEliminarUm poema negro em pleno Agosto. Resignação? Revolta? ... Não respondas, deixa ficar no ar.
Beijinhos
Ando tão sem Norte. Mas preciso, quero,tanto uma mudança. Por isso agarro qualquer indício e às vezes não sei se é bom...
ResponderEliminarTambém não sou a melhor pessoa para te elucidar em relação a essa questão. Ando constantemente no limbo ;)
ResponderEliminarFaltou antes os The National... Uma distracção e porra que já não há bilhetes! :/. Um beijo.
EliminarOptei por.deitar a minha bussula fora, talvez por nao a saber usar corretamente levou-me a caminhos tortuosos quando até achei ter de alguma forma encontrado o Norte...Acho que vou para Sul...para onde não haja gente igualmente perdida, para onde não possa sentir-me magoad@ ou frustrad@, porque é tão cansativo. Achamos sempre que somos boas pessoas e merecemos ser felizes e será que sabemos o que isso é??! Olhares que se cruzam á beira rio...na simplicidade do nada...Coragem é a única palavra que não ocorre. Respira, conta até 10, levanta a cabeça e segue...
ResponderEliminarQue o cinzento passe, melhores dias venham... e o sorriso expressivo há-de regressar também ;)
ResponderEliminarComo o Ben Howard diz "keep your head up, keep your heart strong".
M.