Entre o deve e o haver.
Poderíamos conjugar verbos indefinidamente. Sorver adjectivos compulsivamente.
Teríamos tempo. Bastante tempo.
Conseguiríamos abdicar das analogias.
Entre a Fé e a descrença.
Andaríamos de mãos dadas. Sempre com a Esperança de que o Passado não nos dividisse.
Seríamos um. Seríamos apenas os dois.
Entraríamos por qualquer porta livres de medo.
Entre a vida e a morte.
Escolheríamos sempre prolongar o Tempo. Acrescentar-lhe aço.
Iríamos para onde a brisa límpida das manhãs de Primavera nos levasse.
Sorriríamos porque é de sorrisos que nos alimentamos.
Entre o veneno e o antídoto.
Deixaríamos tudo aquilo que é tóxico. Não nos iríamos nunca render ao acessório.
Vestiríamos a farda de soldados disciplinados. Leais e destemidos.
Entre tudo aquilo que é nada.
Empunharíamos as nossas espadas, forjadas na lava de um vulcão. Indestrutíveis.
Combateríamos gigantes disfarçados de anões e no final não nos renderíamos.
Entre ficar e partir existe o verbo parar. Depois e apenas depois vem o verbo decidir.
It´s all here
Que delicia de texto. Que saudades eu tinha de ler um dos teus textos mais intimistas.
ResponderEliminarVoltaste dos mortos Paper Cut? Espero que sim, porque regressaste em grande.
Beijinhos.
M.J.
Que murro no Estômago este texto. Identifico-me com cada frase. Obrigado Paper Cut.
ResponderEliminarEste texto é sobre resignação ou sobre esperança?
ResponderEliminarBeijinhos PC