É tão complicado fazer um adulto feliz e tão fácil satisfazer uma criança. Dedicar tempo ao meu filho, faz-me sair da minha concha negra e obscura.
Quando penso que estou sem forças, olho para ele e tudo aquilo que me assombra deixa de fazer sentido.
Invejo-o.. Contenta-se com tão pouco.
Estamos no jardim, temos conversas profundas acerca da velocidade que um baloiço pode atingir. Eu sugiro uns 10km/h. Ele contrapõe e acha que pode atingir 200.. Se o Pai Natal existe, porque não pode um baloiço atingir 200 km/h?
Chegaram entretanto uns meninos com uma bola e ele está a jogar com eles. Enquanto escrevo vou olhando para ele, porque ele quer a minha aprovação e que eu sinta orgulho quando consegue fazer uma finta ao adversário.
É estranho como neste momento sinto que necessito mais dele, do que ele de mim. No fundo necessitamos um do outro em medidas iguais.
Vê-lo crescer tem sido o melhor presente que já me foi oferecido e é uma prenda diária.
Hoje consigo sentir gratidão. Tenho-me sentido tão seco e vazio, que sentir algo tão bom faz-me acreditar que afinal a minha caixa de ferramentas não está vazia.
Esta paz que estou a sentir é uma dádiva que tenho de valorizar.
O meu coração tem andado avariado, mas afinal tenho outro que bate por dois.
Hoje sinto-me completo. Neste momento não queria estar noutro lugar, nem com outra companhia. Tenho aqui o meu coração pequenino a bombear sangue por ele e por mim.
As crianças têm esse dom,desfruta-o
ResponderEliminarBeijoca boa
Têm mesmo ;) (desculpa, mas comi as batatas fritas todas) :)
EliminarAvarentooooo. Até tive pesadelos pela faltas delas[risos]
EliminarEu fingi que não tinha visto para não partilhar.. Ehehe
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