O Passado é um gajo tão estranho. Por vezes estático, inacessível. Não conseguimos chegar-lhe, no entanto quantas vezes ele vem até nós. O Passado é egoísta, não se deixa tocar.
Dá-nos pequenas caixas, repletas de memórias. Umas que ferem, outras que ferem ainda mais porque de tão boas ficaram lá presas. O Passado não se compadece. Ordena-nos que sigamos em frente.
Há uma certa Ditadura nele. Faz-nos reféns de escolhas, de não escolhas... Não nos permite corrigi-lo, no mínimo dá-nos a liberdade de o folhear.
Quando lhe apetece viaja até ao Presente para nos atormentar. Afinal o Passado tem asas e quando decide bate-as e vem ter connosco trazendo com ele tormentas e tempestades que julgámos já extintas.
O Passado não se extingue, não se compadece, não se reforma. Já disse que era egoísta?
Não quero que me traga de volta os fantasmas que ele um dia fechou numa masmorra.
Pois é... não podemos negar, esquecer ou reviver o passado. O jeito é aprender a lição que nos deixou para que o nosso presente possa valer a pena...
ResponderEliminarBeijão!
Blog: *** Caos ***
Paper cut, constrói o presente colocando armadilhas para o caso de o Passado se lembrar de te visitar. Á melhor maneira de te defenderes contra ele é criares um Presente melhor. Força.
ResponderEliminarÉ tão isto que escreveste. Amei a forma como descreveste tão bem os fantasmas do passado que por vezes voltam para nos assombrar.
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