segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Deviam existir preservativos no século XVIII

Tenho um ódio de estimação. Immanuel Kant e o seu relativismo conceptual.
Para aqueles que o adoram, as minhas nada sinceras desculpas.
“Somos aquilo com que nascemos à priori”, diz o farsante.
Para mim isso soa-me a apologia à preguiça e ao crescimento empírico enquanto indivíduos.
Foda-se, somos muito mais do que aquilo que trazemos da barriga das nossas mães. Somos as escolhas que fazemos, somos o somatório das experiências que vivemos e justificarmos as nossas limitações pelo facto de termos uma personalidade formada antes de sairmos da cona das nossas mães, é a maior das Hipocrisias e do cinismo humano.
Kant era religioso, o que até me faz com que lhe dê um pequenino desconto. Afinal é mais fácil entregarmos os nossos destinos e as não escolhas a um Deus que nos manipula e que nos isenta de qualquer responsabilidade.
Ninguém nasce assassino, ninguém nasce não assassino. Ou então não precisamos de nos preocupar em fazer escolhas, ou jogar no Euromilhões.
Que se foda o Kant, nunca o perdoarei por ter tido apenas 17 valores em Filosofia por ter embirrado com ele.
Era só isto...

(P.S). Se alguém quiser elaborar ou desconstruir, que esteja à vontade.

5 comentários:

  1. Quem é esse gajo? ��

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  2. Nature vs nurture
    Quer queiramos quer não, somos definidos tanto pelas experiências e pessoas com que nos cruzamos mas também pelos nossos genes. Ambas as vertentes comunicam e influenciam a pessoa que somos e que nos vamos tornando. Negar o impacto de uma ou da outra é enfiar a cabeça na areia. E isso implica também que não nascemos livres, de tábua rasa para a vida.
    Há determinadas características, já presentes desde criança, outras que fui desenvolvendo, que preferia mudar em mim e que tornariam a minha vida mais fácil . Mas, quando contrario o que uma atitude instintiva em mim o que provoca é a sensação de que resultado não me serve.
    Reconhecer isto fez–me sempre querer ser mais compreensiva com os outros – as pessoas não são mestres de si e do que fazem. Não deixam de ser responsáveis pelas escolhas que fazem, contudo, determinados comportamentos são mais prováveis de acontecer em pessoas com determinadas características genéticas e/ou em pessoas de um determinado contexto social.
    Não consigo lançar uma sentença sobre alguém e achar que sou “superior“ porque possuo determinadas qualidades resultado de todas as escolhas “certas” que fiz. Não sou aqueles genes nem aquela vivência.
    Ninguém nasce um assassino mas um psicopta (disfunção relacionada com distúrbios genéticos e cerebrais) tem maior probabilidade de o cometer. Fá-lo porque escolhe livremente ou porque lhe é mais difícil contrariar o impulso?

    PS: foste um bocadinho duro, ;)

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    1. O meu problema com Kant tem exclusivamente a ver com o extremismo das suas ideias. Sobretudo por fundamentar características da razão, através da Religião. Numa coisa tens razão, não consigo ter mente aberta no que toca a Kant e criei uma barreira que me impede de ser imparcial e tolerante.

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  3. Eu sou mais adepta da "tábua rasa"... E de aprender com a experiência. O "a priori" não tem sentido, dado que tudo pode ser transformado, criado.

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    1. Eu tenho exactamente essa visão ;) não altero uma vírgula daquilo que escreveste.

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