terça-feira, 25 de julho de 2017

A casa da Saudade

Não existe maior zona de afectos, do que a da chegada de passageiros de um Aeroporto.
Pessoas que esperam por pessoas. Ali vi dos mais longos abraços, apertados, sinceros.
Na azáfama de quem chega e de quem espera, uns mais ansiosos do que outros, uns maravilhados pela aventura que vai começar, outros porque lhes pagam para esperar, existem os que esperam como se essa espera fosse quase eterna.
Gosto de pessoas, especialmente daquelas que esperam.
Ali a Saudade está mais vincada e entranhada do que em qualquer outro lugar.
Gosto dos que sentem saudade, daquela saudade que já feriu e que finalmente explode num vulcão de afectos.
Gosto de afectos, dos reais, daqueles espontâneos.
Ali é onde eu sinto maior respeito e carinho por pessoas. Gosto das pessoas que me conduzem a lugares confortáveis, que me roubam sorrisos sem que nunca o venham a saber.
Os abraços vêm sem etiqueta

3 comentários:

  1. Tal como tu, também tenho um enorme fascínio por aeroportos. Gosto de olhar para as pessoas que partem e imaginar quais os destinos para onde vão.
    A visão dos afectos na zona das chegadas é interessante, nunca tinha pensado sobre isso, mas faz tanto sentido.
    Beijinhos Paper Cut.

    ResponderEliminar
  2. Boa noite Paper Cut. Confesso que os aeroportos me causam sensações díspares. Fico sempre com inveja daqueles que partem, uma solidariedade pela tristeza dos que ficam e uma enorme alegria por aqueles que se reencontram. Especialmente quando são os que me esperam, ou aqueles por quem eu espero.
    Gosto do teu blog, é simples e acolhedor. Sem paneleirisses( podes sempre censurar a expressão se assim te aprouver)

    ResponderEliminar
  3. Anónimo das 15:02, obrigado pelas tuas palavras. Aqui não há censura, podes exprimir-te livremente, sem qualquer condicionalismo.

    ResponderEliminar