A filha da puta da balança está a dizer-me que perdi oito quilos em um mês e meio. Odeio-a com todas as minhas forças. Preciso desses oito quilos e ela teima em não mos devolver.
Tomo uns comprimidos que o médico diz que engordam, tomo um complexo vitamínico que é suposto dar-me mais apetite. Como se diluem oito quilos desta forma?
A mente controla e domina o corpo, dizem-me com complacência, como para atenuar este pedaço de mim que a balança teima em me alertar que desapareceu.
Irrita-me que para além dela, quase todos à minha volta façam questão de verbalizar este meu definhar corpóreo.
Foda-se, sei que estou muito magro, não mo precisam de constantemente espelhar nas fuças( raramente tenho oportunidade de usar esta palavra).
Se quiserem a "receita" para perder oito quilos em mês e meio, mando-vos logo foder(sem filtro e sem contemplações).
Desalinhado por defeito congénito. Desequilibrado. Organotáxico. Com Fobia extrema a palhaços.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
Massa diluída
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És a antítese da carneirada. Recupera lá os teus 8 kilitos e depois vem cá dar a boa nova.
ResponderEliminarBeijinhos.
Eu acho que posso te dar até uns 10 quilos meus, se precisar. Aqui sobra.
ResponderEliminarSeriam tão bem vindos. Obrigado por não questionares a minha fórmula de dieta.
EliminarSe a receita para perder peso for essa, estou frita!!
ResponderEliminarLá se me vai a última esperança de perder, justamente, os oito quilos de massa sólida, que ganhei desde que, há 5 anos, deixei de fumar...:(
Alternativas, a solo, servem?...
Maria Antonieta, quando deixei de fumar ganhei dez quilos(10); portanto a somar aos oito que perdi recentemente, já tive mais 18. Não lhe digo para voltar a fumar, porque isso seria contraproducente...
EliminarOlá Paper Cut. Frequentámos a mesma escola secundária. Eu andava no 8 e tu no 10 quando te conheci. Bem, na verdade nunca nos conhecemos mesmo. Somos amigos no Facebook, embora nunca tivéssemos falado. Conheci o teu blog devido a um post que colocaste nesta rede social que acima mencionei. Desde aí que o coloquei no meu feed e sigo todos os teus textos. Estou a comentar pela primeira vez porque me fizeste lembrar o quanto eu e outras 2 amigas minhas te admiravamos. Era mais do que isso, tínhamos um fascínio enorme por ti, porque eras diferente de toda a gente. Lembro-me tão bem de um dia as 08:30 da manhã, de estarmos sentadas nas escadas do edifício do Conselho Directivo e tu chegares à escola, vestido com um robe de mulher estampado com flores, umas calças super gastas de ganga, umas doc Martens cor de rosa, cabelo enorme encaracolado com um gorro que te caia pelos ombros, de charro na boca. Meu Deus, como suspirámos ao ver-te, tinhas um estilo que não deixava ninguém indiferente. Confesso que tínhamos uma paixoneta enorme por ti. É tão bom passados tantos anos ainda constatar que manténs traços desse tempo. És completamente passado de uma forma super cativante.
ResponderEliminarBeijinhos de uma admiradora secreta de há 30 anos atrás :)
Cara anónima secreta, fizeste-me recuar uns anos atrás e não sei se essa descrição que fizeste de mim dessa manhã abonará muito em meu favor :) pelo menos fizeste-me rir :) chega-te à frente no Facebook para eu saber que és. Beijinhos e obrigado pela tua mensagem.
EliminarAchas?! Apesar de quarentona, ia morrer de vergonha!! Rsrsrs
ResponderEliminarNao vou comentar o teu peso, até porque tu melhor do que ninguém te conheces... Mas ri-me que me fartei com o comentário da Anónima nao tao anónima quanto isso, sobre a tua indumentária na crise da adolescência. Uma crise feminista?
ResponderEliminarPassei por fases muito estranhas na adolescência. Essa foi a minha fase Andrógena , usava saias com Hard crippers, roubava roupas à minha mãe, que conjugava com outras minhas. Foi a minha fase vanguardista. Sorte a minha na altura não existirem smartphones com câmeras com mega pixels :)
EliminarOlá Deep Girl, sou a anónima do comentário que te fez rir :) O Paper Cut não era nada feminino, era super cool. Tinha um estilo tão próprio, que era muito admirado por todos. Uma espécie de Ziggy Stardust meets Jonhy Deep :) além de ser super giro, era único na forma como se vestia e como se comportava.
EliminarComo entendo o que sentes! Acho que passei toda a minha infância e juventude com o drama de todos me dizerem:"estás tão magra". Sim, eu tinha espelhos em casa e já me sentia demasiado mal por ser tão magra. Quando faço algum comentário à minha magreza as pessoas costumam gozar dizendo que pior é ser gorda. Só as.magras percebem a angústia das magras, o querer vestir um vestido bonito e ficar tudo largo, as calças, a não assentar, enfim. Continuamos a viver numa sociedade onde a imagem ainda é tudo, mas isso é algo que vamos aprendendo a desvalorizar com a idade porque o importante é como.nos sentimos e essencialmente como aprendemos a gostar e valorizar essas pequenas grandes imperfeições. Por agora prefiro ser uma pessoa integra do que ter um.corpo peefeito. Apaixonar-me pelos pormenores da alma que são tão mais bonitos e se mantém ao longo da vida. Já o corpo envelhece, sofre mudanças. Talvez por isso haja cada vez menos amores para a vida, porque as pessoas não se apaixonam pelo "ser" mas mas sim pelo aspecto físico. Talvez um dia possamos ter uma sociedade diferente, eu já comecei a contribuir e todos os dias ensino os meus filhos que o importante é o afeto, a beleza não está no corpo mas sim na nossa maneira de ser e se formos pessoas com valores seremos certamente pessoas lindas...pode parecer muito utópico, mas gosto de viver assim...
ResponderEliminarÉ engraçado que hoje encontrei uma senhora que era Contínua na minha antiga Escola Secundária, que eu já não via há anos e por quem sempre tive um enorme carinho e que olhou para mim, depois de me dar um abraço e me disse que eu estava lindo e a envelhecer muito bem. Foi tão bom sentir todo aquele afecto, especialmente num dia em que me sinto fisicamente debilitado.. É o Universo a usar o seu equilíbrio. Com os vossos comentários super calóricos, sinto que já ganhei cerca de um quilo e meio :) Obrigado pelo mimo.
ResponderEliminarOlá :)
ResponderEliminarNão sou a anónima secreta que é tua amiga no Facebook, mas acho que também te conheço de vista. Estudaste na Reynaldo? ;)
M.
Olá anónima (M) se não és minha amiga no Facebook, como sabes quem eu sou? (Sim,estudei na Reynaldo) beijinhos
EliminarBom dia :)
EliminarJá visito o teu blog há muito tempo e não fazia ideia quem eras, mas como gostava bastante dos teus textos, continuei a visitar e a ler-te. A dada altura colocaste uma foto do passeio ribeirinho e percebi que moravas nesta zona, mas continuei sem saber quem eras. No entanto, uma vez recebi uma sugestão de amizade do Facebook e reconheci uma das fotos, pois era igual a uma que aqui tinhas (creio que era uma a preto e branco, do passeio ribeirinho, do teu filho sentado num daqueles bancos e com a bicicleta). Pela tua fotografia de perfil reconheci-te, sou uns anos mais nova, mas também lá estudei e lembrava-me de ti ;)
Relativamente a este teu texto, borrifa-te para o que as pessoas dizem. Acredito que irrite ouvir tanta vez, até porque tu próprio és o primeiro a ter noção de que emagreceste. Contudo, és mais do que o teu peso. A essência vale muito mais do que a aparência. Pelos textos que escreves, vales mesmo muito como pessoa. Nesse sentido, és bem pesado :)
Beijinhos e bom fim‑de‑semana
M.
M.. lembro-me de um comentário num texto mais antigo em que alguém reconheceu a zona ribeirinha. Provavelmente foi teu ;)
EliminarBeijinhos e bom fim de semana.
Na altura fiz um comentário acerca do passeio ribeirinho, sim ;)
EliminarM.
Tenho ouvido o mesmo comentário nos últimos tempos - também perdi peso sem uma explicação clara - o pior for dizerem também que estava ficar com uma cara mais envelhecida. Dar-lhe um murro era justificado? Porque vontade houve...
ResponderEliminarUm murro não só seria justificado, como totalmente merecido. Mas um daqueles bem dados :)
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