terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Causa/efeito

Conta-me tudo sobre os Amores Platônicos.
Explica-me como saciar algo sem que se consuma a carne?
Entendo a intensidade, acredito que  seja real. Apenas desconfio da pureza.. Podes argumentar que tudo é puro até que se lhe toque.
Posso achar que é uma ilusão, podes contrapor e dizer-me que a Alma também precisa de alimento.
Talvez seja como sentir algo imaculado. É viver em Estado de Graça. Uma questão de Fé.
Vive-se (bem) assim
Existe com toda a certeza um enorme fluxo de Energia; mas a Energia não se esgota se não for alimentada? 
Para mim e desculpa a franqueza os Amores Platônicos são a génese de algo com um final anunciado.
São assim que todos os Amores começam dizes-me tu. Eu digo-te que são assim que alguns Amores se começam a desvanecer.
Recua no Tempo e repara no desfecho dos maiores dos Amores Platônicos. Todos com um fim trágico.
É certo que ficaram na História, mas de que serve perpetuar no Tempo algo que nunca se consumou?
Agora dizes-me que sou um cínico. Aceito. Contudo não sou hipócrita.
Sei o que é ser intenso quando se ultrapassa a Metafísica e nos entregamos sem reservas. 
Todos os tipos de Amor são válidos dirás-me tu. Verdade, direi eu. 
Há uma coisa em que divergimos, tu contentas-te com as imagens que a tua mente vai construindo e como a nossa mente é perita em nos pregar truques, facilmente cairás na tua própria ratoeira. Eu necessito de mais. Não me basta senti-lo, preciso de o viver. Com todos os acessórios. De uma forma física e real.
És tu a racional? Perfeita antítese..

Faith




2 comentários:

  1. Eu entendo essa necessidade de “consumir a carne”. Também não me é suficiente contemplar um prato fantástico e depois não o provar. A fantasia é algo que também me alimenta. Não me sacia da mesma forma, mas não deixa de me oferecer momentos de magia.
    Beijinhos

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  2. Boa tarde Paper Cut. Sou a Clara, Professora de Psicologia. Há uns tempos uma colega enviou-me via Facebook um link de uma texto teu chamado “Aconchego”. Foi a partir daí que comecei a seguir-te. Não me leves a mal estar a tratar-te por tu, mas pelo que já percebi devemos ter a mesma idade.
    Quando a minha colega me enviou o teu texto foi num contexto que tem a ver com as nossas áreas Académicas.
    Aquilo que lhe chamou a atenção foi algo a que nós chamamos de “Honestidade Emocional”; ou seja, sem te estar a analisar ( até porque terias de me pagar para isso ��) , o teu Blog é o exemplo perfeito de alguém que não tem qualquer dificuldade em expor emoções. Posso dizer-te que essa característica poderá ser bastante positiva na medida em que não camuflando aquilo que sentes diariamente te será mais fácil lidares com os teus medos, frustrações, alegrias, etc e consequentemente não te deixará marcas tão profundas, caso não tivesses essa facilidade.
    És um perfeito espécime de estudo da Psicologia Humana.
    Eu gosto muito de ler em “papel” e imprimi todos os teus textos e é assim que os leio, tal como se de um livro se tratasse.
    Vou abster-me de comentar este texto, tal como nunca comentei nenhum dos outros, mas teria tanto a dizer-te ;)
    Beijinhos e continua no bom caminho.

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