sábado, 3 de fevereiro de 2018

Guincho




Dizem que não existem duas ondas iguais, tal como não existem duas pessoas iguais, ou dois amores iguais.. 





Quando vou ao Guincho há algo que soa sempre da mesma forma; o barulho que as ondas fazem quando rebentam na areia. Talvez seja assim em todas as praias, mas confesso que esta melodia só ali a escuto.
É mais do que uma praia, é um retiro, um lar. 
Já ali tive momentos de magia pura, outros de introspecção, alguns apenas de descompressão.
Ali sei que pertenço sempre que disso necessito. Conheço os sons, os cheiros, a textura da areia; conheço-os de cor. 
Ali tenho tido também momentos de comunhão com o meu filho. Ele adora tanto aquele pedaço de terra e mar quanto o seu pai.
Hoje tivemos um dia bom, fomos ao nosso Guincho, percorremos descalços a areia, subimos a serra e embarcamos numa aventura; daquelas que só são permitidas a pais e a filhos.
Hoje foi um dia bom porque fomos pai e filho e ambos fomos crianças destemidas e sem limitações.
Já vos disse que o Guincho é especial? Que vou lá há anos e continua um sítio que em nada foi corrompido?
Hoje fomos ao Guincho e não havia vento.. 

2 comentários:

  1. Harmonia de palavras, imagens e som (essa música é das que aos primeiros acordes me traz logo memórias).
    Que continues a ser uma criança com o Kukas :)
    Tenham um fim-de-semana feliz ;)

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  2. Obrigado pelo teu comentário tão cheio de conteúdo. Gostei tanto.
    Bom fim de semana.

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